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sábado, 18 de maio de 2013
Final / Pós comunhão
Das muitas coisas, Do meu tempo de criança
Guardo vivo na lembrança, O aconchego de meu lar
No fim da tarde, Quando tudo se aquietava
A família se ajuntava, Lá no alpendre a conversar
Meus pais não tinham, Nem escola e nem dinheiro
Todo dia o ano inteiro, Trabalhavam sem parar
Faltava tudo, Mas a gente nem ligava
O importante não faltava, Seu sorriso, seu olhar
Eu tantas vezes, Vi meu pai chegar cansado
Mas aquilo era sagrado, Um por um ele afagava
E perguntava, Quem fizera estrepolia
E mamãe nos defendia, E tudo aos poucos se ajeitava
O sol se punha, A viola alguém trazia
Todo mundo então queria, Ver papai cantar pra gente
Desafinado, Meio rouco e voz cansada
Ele cantava mil toadas, Seu olhar no sol poente
O tempo passa, E eu vejo a maravilha
De se ter uma família, Enquanto muitos não a tem
Agora falam, Do desquite, do divórcio
O amor virou consórcio, Compromisso de ninguém
Há tantos filhos, Que bem mais do que um palácio
Gostariam de um abraço, E do carinho de seus pais
Se os pais se amassem, O divórcio não viria
Chamam isso de utopia, Eu a isso chamo paz
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